Por Fernando Moura, em São Paulo
Novas câmeras de cinematografia digital permitirão a operação com fluxos de arquivos mais eficientes e maior mobilidade para operação nos Estúdios Globo.
A Sony do Brasil informou em comunicado que “a Globo escolheu a linha de câmeras de cinema Venice para padronizar suas produções de entretenimento em um processo de atualização nos próximos anos”, e que esta adoção permitirá a produção em formatos anamórficos e “full-frame” de altas resoluções até 8K. Enquanto, o fluxo de gravação em arquivos XAVC e XOCN permitirá a operação mais eficiente para os processos de pós-produção visando uma entrega de maior qualidade.
Segundo informado, os modelos escolhidos são Venice e Venice 2. “O principal diferencial da linha de Cinema Sony é a captação com sensores “full-frame”, o que permite uma fotografia característica com curta profundidade de campo e alta sensibilidade para produções de resolução até 8K com capacidade de captação em HDR (High Dynamic Range)”, explica a Sony e afirma que a linha Venice possui uma captação em latitude bem ampla atingindo 15+ “stops” no caso da Venice e 16 “stops” na Venice 2, “sendo perfeitas para produções HDR, com exploração de espaços de cor superiores ao padrão SMPTE BT2020. Além disso, temos a operação de alta velocidade de obturador, o que minimiza os efeitos de distorção de movimento em altas velocidades. O modelo Venice possui um sensor FF de resolução 6K e o modelo Venice 2 possui um sensor FF de resolução 8K”.
O bocal da linha Venice é padronizado com formato PL-Mount, porém suporta também o formato E-Mount, que é o que “oferece a menor distancia de flange no mercado e permite o uso de lentes de alta qualidade com um maior balanceamento do sistema. Outro diferencial da linha são os filtros ND mecânicos de 8 estágios, podendo atingir variações de 1/2 a 1/256 com a combinação de 2 conjuntos de filtros”.
Com uso do sensor full-frame a linha Venice opera em modo de DUAL-ISO (ISO 500 / ISO 2500 para sensor 6K e em modo ISO 800 / ISO 3200 para sensor 8K), o que permite uma flexibilidade de produção tanto para ambientes muito iluminados como uma praia ensolarada e para situações de baixa iluminação, como uma operação em estúdio com baixíssima incidência de luz cenográfica.
A Sony acrescenta que “o lançamento da Venice trouxe novas possibilidades para a comunidade de criação de conteúdo global, principalmente para as indústrias cinematográfica e de entretenimento. Por ter sido desenvolvida através de constante colaboração e cuidadosa pesquisa com esta comunidade criativa, a Venice trouxe características inovadoras que focaram não somente nas funcionalidades e especificações, mas principalmente na criação de um produto que permitisse a reprodução mais natural possível de cores e tonalidades de pele, além de mais detalhes nas áreas escuras e de altas luzes. E isso é o que encanta os usuários”.
Maurício Felix, diretor de Tecnologia da Globo, disse que esta parceria com a Sony no desenvolvimento da câmera de cinema Venice foi muito importante para a Globo ter a melhor qualidade na captação e o melhor fluxo de pós-produção para as suas novelas e séries. Pela sua parte, Felipe Siqueira, gerente Nacional de Vendas da Sony Professional Solutions Brasil, afirma que “desde o lançamento até hoje a câmera Venice tem sido padronizada como formato de produção cinematográfica em toda América Latina . E temos muito orgulho de termos nossa câmera escolhida pela Globo como principal ferramenta de captura de imagens para a sua linha de produções de mais alto nível”.
Siqueira comentou ainda que a Venice tem sido adotada por renomados Diretores de Fotografia da indústria de criação de conteúdo, inúmeros filmes, séries e telenovelas vem sendo produzidas utilizando os recursos e a qualidade que são entregues por esta câmera que incorpora em sua tecnologia o legado de décadas de conhecimento e o que há de mais avançado na ciência de captação e reprodução de imagens e cores. “Por isso esperamos que este produto continue sendo um sucesso e acreditamos que terá ainda maior penetração neste segmento de mercado”.
Fonte: SET