APLICATIVO POLICIAL AJUDARÁ NA IDENTIFICAÇÃO DE CARROS ROUBADOS

Pedro Ivo de Oliveira

Checagem de boletins de ocorrência e mandados também será possível

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A nova ferramenta é fruto de um projeto maior de uso de inteligência artificial e Big Data pelas forças policiais, e passará a auxiliar agentes das polícias Civil e Militar durante rondas e missões de campo.

“Vamos aumentar a eficiência do trabalho policial e, ao mesmo tempo, minimizar os riscos para os nossos agentes. Durante uma abordagem, o policial terá a possibilidade de checar os dados dos veículos, os nomes dos suspeitos e ter mais segurança, saber com quem está lidando. A demanda da segurança pública está cada vez maior, e o efetivo não acompanha essa necessidade social. Com essa ferramenta, a eficiência dos agentes será muito maior”, afirma o Wellington Silva, diretor de Gestão e Integração da Informação da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

Durante o primeiro mês, o aplicativo será usado por 201 policiais selecionados. A plataforma será usada em caráter de testes, e será disponibilizada para uso geral de agentes de segurança a partir de junho. Apenas agentes cadastrados poderão ter acesso à base de dados, que disponibilizará boletins de ocorrência, mandados em geral e as fichas de registro dos automóveis (placa, chassi e nome do proprietário).

Big Data
Segundo Wellington Silva, o aplicativo é apenas uma pequena parte dos esforços do MJSP para usar a tecnologia da informação no refinamento do trabalho policial. “Temos outras 14 etapas do projeto em andamento. Ainda neste ano, poderemos acompanhar, por exemplo, o atendimento de viaturas que foram deslocadas pelo serviço 190 (atendimento de emergência). O policial será notificado por meios digitais da necessidade de atendimento, das viaturas enviadas para o local e a urgência do chamado”.

“O agente que já está na rua poderá ter acesso às informações que seriam passadas por rádio ou indo diretamente à delegacia sem necessidade de deslocamento ou perda de tempo. O aparelho celular que ele usa terá esse aplicativo e ele recebe as notificações em tempo real. É o uso da tecnologia para a efetividade da segurança”, complementou.

Segundo nota emitida pelo MJSP, o investimento feito em infraestrutura digital deverá chegar a R$ 32 milhões nos próximos 3 anos. O ministério informa que dará prioridade para “facilitar a integração e a análise de grandes volumes de dados na segurança pública.”

Fonte: POACOMACENTO / Foto: Marcelo Casal Jr

É O MOMENTO ADEQUADO PARA ANÚNCIO?

Luciane Bernardi

Com a recente veiculação do Relatório Global de Estatísticas Digitais de abril de 2020, desenvolvido pelas We Are Social, Hootsuite e demais empresas parceiras, realizei que a atividade digital em nossas vidas se tornou ainda mais essencial, com sensível aumento do tempo das pessoas conectadas.

O relatório traz a informação de que o número de pessoas em todo o mundo que usam a internet cresceu para 4,54 bilhões, apresentando um aumento de 7%, com 298 milhões de novos usuários em comparação a janeiro de 2019. O estudo contabilizou 3,80 bilhões de usuários de mídia social em janeiro de 2020, com esse número crescendo em mais de 9%, com 321 milhões de novos usuários, desde esse período do ano passado. Ainda, ele aponta que mais de 5,19 bilhões de pessoas agora usam telefones celulares em todo o planeta, com um número de usuários adicionados da ordem de 124 milhões do ano passado para janeiro de 2020, apontando um aumento de 2,4%.

Comportamento do internauta
O usuário médio da internet agora passa 6 horas e 43 minutos on-line todos os dias. Isso significa que atualmente gastamos mais de 40% do nosso tempo na internet, se considerarmos dormir por cerca de oito horas.

Naturalmente, houve significativo aumento no uso de mídias por vídeo, como chamadas por vídeo e videoconferência e, além disso, foi constatado maior adesão ao comércio eletrônico, principalmente para compras de supermercado. Ainda, esse relatório traz claro aumento do tempo gasto com videogame e maior interesse por assuntos relacionados a esportes.

Embora todo o planeta tenha sido devastado por um sentimento comum de pânico e profunda tristeza, sob a ótica da comunicação vimos surgir oportunidades de conteúdo e de publicidade à medida que mais pessoas estão ficando conectadas e por mais tempo. Mas o cuidado com a mensagem e com o propósito da publicidade devem ser redobrados, pois nem todos veem essas ações com bons olhos nesse momento.

Global web Index
Segundo a global web index, em seu segundo estudo multinacional sobre o corona vírus, realizado em 17 mercados entre 31 de março e 2 de abril, mostra como esse quadro está evoluindo. Analisando o impacto na Austrália, Brasil, Canadá, China, França, Alemanha, Índia, Irlanda, Itália, Japão, Nova Zelândia, Filipinas, África do Sul, Cingapura, Espanha, Reino Unido e EUA, o estudo mostra que os comportamentos estão mudando e as opiniões em relação à publicidade são diferentes.

Segundo esse estudo, cerca de 50% dos respondentes afirmam aprovar marcas que executam campanhas publicitárias “normais” que não estão vinculadas ao coronavírus; apenas cerca de 20% expressam desaprovação, sendo o restante neutro.

O estudo também observa índices de aprovação mais altos, cerca de 80%, para marcas que executam campanhas que mostram como estão respondendo ao coronavírus, as marcas que estão ajudando os clientes.

O conteúdo mostra uma grande variação por país; os consumidores expressam a mais alta aprovação para publicidade “normal” no Brasil, Índia e Itália, neste último caso mais de 60%, em comparação com 40-50% na maioria dos outros lugares. A maior desaprovação é encontrada na Nova Zelândia e na África do Sul, em torno de 25%.

Outros resultados
No relatório, existe pouco impacto e diferença de renda ou gênero. No caso, a idade é um fator influenciador; enquanto cerca de 60% da geração Z aprova, esse percentual reduz a 40% entre os boomers.

Ainda, foram detectados altos índices de aprovação, cerca de 90%, àquelas marcas que dão informações e dicas sobre como lidar bem com esse momento difícil. E, ao mesmo tempo, pontuações baixas (52%) foram dadas às marcas que fazem publicidade tradicional e às marcas que continuam vendendo produtos não essenciais on-line, com cerca de 60%.

Ou seja, vejo sim que existem oportunidades para as empresas se comunicarem no ambiente digital – uma vez que há uma grande audiência online no momento – mas, antes disso, é preciso se fazer algumas perguntas: qual mensagem que a minha empresa quer passar nesse momento? Como ela será vista ou percebida a partir dessa mensagem? O anúncio/campanha/mensagem está alinhado com o propósito e os valores da minha empresa? Fica aqui essa reflexão!

Fonte: Capital Informação