Segundo a Juíza: “é preciso que seja avaliada a semelhança entre as marcas, e se eventual confusão poderia levar o consumidor a erro”.
O grupo BIG está processando a Via Varejo, responsável pelas Casas Bahia. O processo já está rolando desde de Agosto, quando o BIG entrou também com pedido de liminar para interromper a veiculação das ações da Casas Bahia em que o logo é utilizado. A companhia alegava perdas e danos imediatos à sua imagem se a veiculação fosse mantida.
No post aqui segue o logotipo completo das duas empresas:
Segundo a juíza responsável, Andréa Palma, fala que “é preciso que seja avaliada a semelhança entre as marcas, e se eventual confusão poderia levar o consumidor a erro”.
E aí o que será que vai rolar daqui pra frente? Será que os logos são iguais? Comenta o que você acha disso tudo.
Vão seguir acompanhando…
Fontes: Valor Econômico e Geek Publicitário Via Portal Publicitário
Mãe e filha conversam, a pandemia tem causado desemprego, mas as duas Andrineia Gomes e Caroline Santos resolvem empreender, afinal a mãe já trabalhou um tempo fazendo massas e vendendo, sem contar na experiência que acumulou trabalhando em restaurantes, não diferente da filha que também já tem bagagem profissional na área gastronômica.
Vamos empreender? E começam os preparos, fazem os testes das Massas Caseiras, e a Ângulo Produções acreditando incentiva, fez o setup das redes sociais, e demos visibilidade de modo orgânico no portal de notícias POÁ COM ACENTO.
O agradecimento expontâneo
Então a cliente faz o seu agradecimento expontâneo pelo trabalho realizado, pois além de fazermos a gestão das redes sociais, reportamos em notícias com o título: Mãe e filha se reiventam na pandemia e nasce a Masseria Gomes. Também estamos fazendo a gestão de Marketing Digital.
Agradecemos a confiança de mãe e filha, e vamos continuar trabalhando para alcançar resultados positivo.
Apesar dessa dificuldade, a maioria dos empresários que ainda não vende pela internet ou aplicativos pretende investir nessa estratégia nos próximos seis meses.
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae em parceria com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) e a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) aponta que, para 55% dos donos de pequenos negócios, que ainda não entraram no digital, a maior dificuldade para conseguir inserir as micro e pequenas empresas nesse mundo é a falta de funcionários com habilidades e conhecimentos.
Apesar deste obstáculo, a maioria dos empreendedores (76%) que ainda não digitalizou suas empresas pretendem investir, nos próximos 6 meses, para começar a efetuar vendas por meio da internet e aplicativos.
O levantamento ouviu 1.205 empresários (entre microempresas e empresas de pequeno porte) na segunda quinzena do último mês de dezembro. Quase 91% dos entrevistados afirmaram já ter acesso aos benefícios do mundo digital e 85% destes destacaram que o uso da internet e aplicativos melhorou a situação da sua empresa.
Esses resultados estimulam os donos de pequenos negócios a continuar investindo nessa estratégia. De acordo com o levantamento, 81% dos empresários que já estão inseridos no mundo digital pretendem fazer novos investimentos para ampliar o nível de digitalização do seu negócio.
“A digitalização do pequeno negócio é um caminho sem volta e bastante acelerado pelo cenário de pandemia. Nem que seja para atrair e efetivar vendas pelo whatsapp, os empresários entenderam que é preciso criar formas digitais de manter e ampliar o mercado”, analisa o presidente do Sebrae, Carlos Melles.
A análise da inclusão digital pelo porte do negócio mostra que as EPP (92,2%) têm a maior proporção de empresas que já contam com o acesso aos benefícios do mundo digital. Já quanto ao segmento de atividade, o setor de serviço lidera com 91,9% das empresas já inseridas. O setor com menor índice de digitalização é a Construção, com 81,8%.
Concorrência Outra análise feita pela pesquisa procurou identificar a opinião dos donos de pequenos negócios a respeito da concorrência. De acordo com 26% dos entrevistados os benefícios de um aumento da concorrência seriam maiores se este crescimento se desse entre os seus fornecedores.
O desejo por uma maior concorrência entre os fornecedores foi registrado pelas Empresas de Pequeno Porte (30%) e, em especial, pelas empresas dos setores da construção (36%) e da indústria (32%)
Do ponto de vista do acesso ao mercado digital pelos pequenos negócios, o consultor da Unctad Fernando Furlan, que participou da elaboração do estudo, alerta para o fato de que essa dependência de acesso às plataformas de mercados digitais gera preocupações concorrenciais no mudo inteiro.
“Essa tem se tornando a maior discussão no mundo antitruste de como garantir a inovação das big techs e ao mesmo tempo garantir que elas não sejam abusivas ao ponto de excluir os concorrentes do mercado”, ressaltou.
Segundo ele, uma das recomendações do estudo é que os pequenos negócios tenham acesso ao comércio digital de forma igualitária se contrapondo a estratégias de fechamento de mercados de grandes empresas, por exemplo. Para isso, ele aponta que as autoridades, como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), fiquem atentas à formação de estruturas anticompetitivas em mercados digitais.
Dados como nomes, endereços de e-mail e números de telefone foram publicados na web; pesquisador diz que quem tem conta na rede social tem grandes chances de ter tido dados vazados
Dados de mais de meio bilhão de usuários do Facebook, como números de telefone, nomes, endereços de e-mail, localização e informações biográficas, como status de relacionamento, foram vazados na internet. Em alguns casos, a data de nascimento também foi vazada. As informações pessoais são de usuários da rede social em 106 países.
O vazamento foi descoberto pelo pesquisador de segurança digital israelense Alon Gal. Para ele, quem possui uma conta no Facebook tem grandes chances de ter tido dados vazados na web. O vazamento contém informações de 533 milhões de usuários da rede social.
O Brasil aparece na lista de países afetados no novo vazamento de informações pessoais de usuários do Facebook. Segundo o pesquisador, 8 milhões de contas tiveram dados compartilhados na internet.
Em nota para a EXAME, o Facebook Brasil informou o seguinte: “Estes dados são antigos e foram reportados em 2019, fruto de uma vulnerabilidade que encontramos e corrigimos em agosto daquele ano”.
Em 2019, um vazamento de informações do Facebook expôs dados de mais de 400 milhões de usuários do site.
Arthur Igreja, especialista em tecnologia, inovação e segurança digital, autor do livro “Conveniência é o Nome do Negócio” e professor convidado da FGV, diz que a rede social não aprendeu com os erros do passado, apesar de sempre se comprometer em melhorar. “Sempre se manifesta sobre que ‘será a última vez que ocorre’, porém, os fatos têm mostrado ao contrário. Claro, a empresa é líder, tem uma capacidade notável de coletar informações e, óbvio, que é muito visada, mas justamente por isso é que deveria ter mais responsabilidade em torno desse tema, que está em uma escala de prioridade muito alta tanto por parte dos anunciantes quanto usuário”, afirmou Igreja para a EXAME. “Todo mundo está ciente de que o tema da segurança digital é crítico e tudo indica que o Facebook não está fazendo um trabalho adequado nesse aspecto.”
Para o especialista, as pessoas precisam ficar atentas a golpes nos próximos meses e buscar reduzir a quantidade de informações fornecidas para redes sociais como o Facebook. “Imediatamente, os usuários devem verificar quais informações eles podem ocultar ou deixar de registrar. O cadastro do Facebook solicita muita informação. E na medida do possível, o usuário deve preencher o mínimo necessário”, diz.
Confira oito dicas para usar o smartphones com mais segurança.
A prática de clonar o celular é uma atividade criminosa que tem como objetivo roubar informações sigilosas ou se passar por alguém indevidamente. A clonagem de smartphones pode ser feita tanto pelo chip de telefonia quanto pelo próprio aparelho e acende um alerta sobre os cuidados que devem ser adotados a fim de se proteger de golpes. Pensando nisso, o TechTudo separou oito dicas para ajudar a manter o telefone em segurança.
Vale ressaltar que caso haja a suspeita de que o seu dispositivo já tenha sido clonado, é preciso entrar em contato com a operadora o mais rápido possível para informar o ocorrido e solicitar um novo chip. Caso a clonagem seja confirmada, é recomendado realizar o registro de um Boletim de Ocorrência com as autoridades competentes para se resguardar de possíveis fraudes.
Atualizar a senha do celular Para evitar possíveis clonagens, é recomendado manter as senhas do seu celular e dos aplicativos atualizadas. Ao realizar a alteração, verifique se foram utilizados dados seguros, evitando o uso de data de nascimento, nome, números em sequências comuns e outras informações de fácil acesso.
Alguns dispositivos oferecem a possibilidade de utilizar também o desbloqueio por reconhecimento facial e impressão digital, o que tende a ser ainda mais confiável.
Verificação de duas etapas Diversos aplicativos e até mesmo sistemas operacionais, como o iOS, oferecem este tipo de verificação quando o usuário cadastra um novo aparelho, por exemplo. Quando ativada, esta confirmação se dá por uma mensagem de um SMS, e-mail, confirmação no dispositivo anterior ou aplicativo específico para verificar a identidade.
Para confirmar a disponibilidade, é preciso ir até as configurações do aplicativo, ou sistema, e procurar por por “verificação em duas etapas”. O WhatsApp, por exemplo, utiliza uma senha de seis dígitos, impedindo o acesso de terceiros por meio do número de celular.
Evitar Wi-Fi público Muitos estabelecimentos, como shoppings, restaurantes e aeroportos, oferecem a facilidade do Wi-Fi gratuito para os usuários. Mas é preciso ter em mente que estas redes estão mais expostas a possíveis invasões, principalmente quando não precisam de senha para serem acessadas. Por isso, ao realizar qualquer atividade na internet, inclusive aquelas que utilizam informações sigilosas, como as transações bancárias, prefira sempre as redes móveis.
Verificar mensagens suspeitas Para se proteger da clonagem de celular também é preciso ficar atento a mensagens suspeitas. Caso receba uma cobrança indevida ou solicitação de envio da senha, não responda sem antes conferir de onde veio a mensagem e se o canal é realmente seguro. Atualmente, é comum os usuários receberem informações de promoções imperdíveis e até mesmo possíveis problemas relacionados aos serviços utilizados em instituições como bancos e operadoras de telefonia.
Antes de prosseguir com o serviço, entre em contato com um telefone autorizado da empresa e verifique se a mensagem é confiável. Alguns bancos, por exemplo, destacam o fato de não solicitarem senhas ou outros dados por mensagem. É importante estar atento às medidas de segurança estabelecidas por quem tem as informações que foram enviadas.
Evitar acessar links suspeitos Seguindo a mesma linha da dica anterior, não clique em links sem antes verificar se a mensagem é confiável. Informações chocantes ou curiosidades em primeira mão podem chamar a atenção do usuário, mas é preciso estar atento à fonte das matérias. Ao receber qualquer informação duvidosa, procure um canal seguro que pode confirmar o conteúdo. Evite clicar em qualquer link desconhecido, uma vez que eles podem conter itens maliciosos que danificam o celular ou acessam os dados do dispositivo.
Estar atento às permissões concedidas aos aplicativos É comum que alguns aplicativos solicitem permissões para operar de forma completa, como localização, acesso à câmera e microfone, ou até mesmo acesso a dados de outros programas instalados. É preciso estar atento aos dados que estão com acesso liberado para evitar golpes.
Quando necessário, verifique, nas configurações do aparelho, as permissões concedidas e faça a restrição necessária. Para uma maior segurança das informações, a recomendação é que sejam instalados apenas aplicativos contidos nas lojas específicas, como App Store e Play Store (iOS e Android).
Consertar o celular em lojas autorizadas
O acesso físico ao celular pode facilitar ainda mais o processo de clonagem. Para evitar possíveis incidentes, quando houver a necessidade de reparo do telefone, é recomendável procurar uma assistência técnica de confiança, evitando que os dados do celular sejam roubados. Grande parte das empresas oferece assistência técnica autorizada em diversas regiões, sendo uma opção segura para aqueles que buscam a possibilidade de conserto sem correr o risco de sofrer golpes ou fraudes. Conhecer o histórico do prestador de serviço ou até mesmo da experiência no ramo pode ser uma boa alternativa para se proteger.
Não compartilhar dados em computadores desconhecidos Na faculdade ou no escritório, por exemplo, é comum conectar o smartphone para realizar a recarga da bateria. No entanto, a forma como essa conexão é feita pode interferir diretamente na segurança do celular. Ao conectar o dispositivo, verifique quais foram as permissões concedidas. O ideal é que seja utilizada apenas a opção de carregamento, assim o usuário evita o compartilhamento de dados com o computador, que pode estar com algum programa malicioso.
As vendas no e-commerce cresceram 41% na comparação entre 2020 e 2019, mostra uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira (25) pelo Webshoppers 43 Ebit|Nielsen & Bexs Banco.
A alta na quantidade de pedidos foi de 30% e chegou a 194 milhões de compras. A parcela de pedidos com frete grátis atingiu a marca de 43% de todos os produtos vendidos.
“O brasileiro mostrou estar totalmente ambientado com as compras online, esse processo amadureceu de maneira muito rápida por causa da pandemia”, afirmou o head de e-commerce do Ebit|Nielsen, Marcelo Osanai.
Cerca de 55% das compras foram realizadas por dispositivos móveis, o que representou um avanço de 79% no uso de celulares e tablets para compras na internet.
Para Alex Pinhol, fundador da Webfoco, o objetivo de impactar os consumidores torna a customização inerente aos planos de mídia bem estruturados
Identificar os interesses e as características dos clientes e escolher as melhores mídias para estabelecer contato com consumidores são alguns dos passos para personalizar a comunicação no ambiente online. Com exclusividade ao ProXXIma, Alex Pinhol, fundador da agência de marketing digital Webfoco, aborda o papel de customização na criação de campanhas e os desafios em atingir a mais nova geração hiperconectada. “Não ter segmentação no marketing digital é como sair de olhos vendados, tentando cruzar uma cidade que você nem conhece”, diz.
Segmentação no marketing digital
A segmentação é extremamente importante para o marketing digital. Não ter segmentação no marketing digital é como sair de olhos vendados, tentando cruzar uma cidade que você nem conhece. A segmentação é um dos pontos mais importantes para uma campanha dar certo, pois você saberá quem vai buscar e por onde. Por exemplo, para vender qualquer produto, é preciso seguir alguns passos. Primeiro, é preciso descobrir quem são os clientes. Segundo, com base em todas informações sobre o público desejado, pode-se personalizar a comunicação dos anúncios, landing page, site ou e-commerce. É importante que todos os pontos de contato sejam o mesmo e para o mesmo público. Terceiro, escolher as mídias que serão utilizadas para impactar o público. Para isso, pode-se trabalhar as ferramentas tradicionais, como Google, Facebook e Instagram, para personalizar o público e impactá-los. Também existem outras mídias mais avançadas, como Criteo, Afilio, Voxus, Cartstack, Proxy Media e DoubleClick, cada uma com uma função para impactar o segmento de pessoas que se quer, seja por interesse que os usuários mostraram na internet e as ferramentas capturaram, seja por uma busca direta pelo produto e assim por diante.
Inovação no marketing digital Em 2020, mais de 40% dos brasileiros afirmaram ter aumentado as compras no digital, porque muitas empresas se atualizaram. A presença no digital foi causada por um efeito manada de milhares de lojas físicas, que estavam fechando devido a pandemia. Além dessa inovação, há as redes sociais. Um exemplo disso é a rede social ClubHouse, que está explodindo. Isso mostra o poder da voz, das buscas por voz, Google Home, casas conectadas e assim por diante. Nos próximos anos, ainda veremos uma explosão de novidades e inovações. E, as marcas ficaram de olho nisso.
Os millennials no centro da estratégia Construir estratégias digitais para o público hiperconectado é um grande desafio, principalmente, porque todos já conhecem o digital e sabem que seus dados são analisados por grandes empresas digitais. Aquele impactado que, há alguns anos, as pessoas tinham, quando se deparavam com um remarketing, não existe mais. As pessoas querem ser impactadas, querem ser surpreendidas, com estratégias que elas possam interagir, sair do comum. E, por isso, quando vemos programas de TV, utilizando TikTok para votação, interações com Instagram e comerciais com QR Code, começamos a ter algo diferente. Para termos ideia, já existem tecnologias que mudam a homepage inteira de um site, conforme o seu perfil de compra, interesse e até hobbies. O pretinho básico nunca sai de moda, por isso as mídias básicas também não. Porém, se quer sair da caixa, comece a considerar as mídias que é possível interagir com seu público e trabalhe o omnichannel, caso tenha loja física e e-commerce.
O futuro da customização Já estamos em um nível que segmentamos além do básico. Há alguns anos, nem imaginamos ter acesso a dados financeiros, formação, se as pessoas que acabaram de ter filhos, se estão noivos, se gostam de chocolate e etc. Já existe inteligência artificial, que gera mais vendas online do que estratégias manuais. Bilhões de dados são transacionados, estudados e armazenados por grandes empresas de tecnologia, todos os dias. Por isso, o futuro será da segmentação, cada vez mais, cirúrgica e tecnologias impensáveis hoje, como a do Elon Musk que fez com que macacos jogassem videogame com o pensamento, ganhando publicidades.
Fonte: Proxxima / Meio & Mensagem / Foto: Divulgação
Tendência ao teletrabalho deve continuar após covid-19
Até março, a consultora de sistemas Iana de Oliveira Leite, de 33 anos, viajava frequentemente a trabalho e passava um período na empresa para o qual prestava consultoria. Desde março, porém, precisou adotar de vez o home office devido ao isolamento social adotado para conter o novo coronavírus.
“Tivemos que nos adaptar do trabalho presencial para o remoto e aprender a usar as ferramentas de conference call para adaptar a comunicação em tempo real, trabalhar com agenda e adaptar os móveis e equipamentos da casa para bom desempenho das atividades”.
Para Iana, o home office (teletrabalho) poderia continuar. “Após alguns meses trabalhando remoto me sinto adaptada a esse modo. Para minha atividade é possível continuar desta forma”.
Com a adoção do chamado novo normal, ou seja, novos hábitos de segurança sanitária e distanciamento social, muitos trabalhadores que estavam em casa tiveram que voltar, mesmo que em esquema de revezamento, para seus locais de trabalho.
“Com a queda dos casos voltamos a trabalhar presencialmente, tive que tomar os cuidados de usar máscaras e distanciamento, com cuidados que não tínhamos antes como uso de álcool gel e aferição da temperatura. Porém, os casos começaram a subir novamente e voltamos para o trabalho remoto”, disse a consultora de uma companhia em Manaus (AM).
Com boa parte das empresas adotando o home office (teletrabalho) de forma integral ou híbrida (dias em casa e dias na empresa), é preciso seguir medidas para que empregadores e trabalhadores sejam beneficiados.
“O trabalhador deve ter uma boa gestão de tempo e compromisso na entrega dos resultados. Afinal, ele não terá seu tempo fiscalizado à semelhança de estar presencialmente na empresa. Este tipo de fiscalização, para ver se a pessoa está na sala, não condiz com as empresas do século XXI, tampouco com a geração millennials em diante, que tem como relevância o engajamento com propósito no trabalho”, destaca a advogada Eliana Saad Castello Branco”, especialista em direito coletivo do trabalho.
Para a advogada, a liderança deve se adaptar para engajar e distribuir tarefas de forma disruptiva. “Delegar e supervisionar o trabalho com o uso de ferramentas digitais e ter um viés comportamental para conhecer o teletrabalhador. A empresa deve mudar a cultura organizacional para sobreviver e ser ágil nas suas deliberações e inovações”, afirmou.
Segundo Eliane, o teletrabalhador deve ter respeitado os horários de descanso e lazer, muito embora esteja conectado com a empresa. O gestor deve ter preparo para saber que sua equipe não está disponível a qualquer tempo, sob pena de vir a empresa responder por danos à saúde do trabalhador, em especial as doenças mentais, como síndrome de Burnout, depressão e dano existencial.
O teletrabalho requer uma responsabilidade extra do empregado, alerta Eliana. “Outro ponto importante será que empresa e o empregado devem ter uma lealdade e confidencialidade, porque as informações estão na “nuvem” (digitalizadas) e o acesso deve ser limitado entre ele e empresa”.
Direito à privacidade
De acordo com a advogada, para o home office se dar de forma segura é preciso que haja a devida adequação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais, que começou a vigorar em setembro deste ano.
“A lei disciplina a proteção de dados pessoais e a salvaguarda dos direitos fundamentais de liberdade e de privacidade, de modo que as empresas não poderão ter dispositivos para rastrear o indivíduo inclusive nos momentos em que estejam no seu lazer e privacidade. As reuniões devem ser compatíveis com horários de intimidade e horários dedicados à família, portanto, o diálogo, treinamento e orientações são salutares para todos.”
Isolamento
No início do isolamento social, a analista de Desenvolvimento de Produto Mayara Ruda Silveira se sentia vigiada no home office. “No começo foi difícil, eu tinha a sensação de estar sendo vigiada e que tinha que mostrar serviço. Mas, depois me acostumei e tentei aproveitar esse período que gastaria com o transporte com outras atividades, o que é menos desgastante”, disse. Agora, ela segue trabalhando alguns dias em casa e outro na empresa.
“Meu setor na empresa tem utilizado o modelo híbrido. Antes eu ia uma vez e agora passarei a ir duas vezes por semana para a empresa e o dias restantes, em casa. Acho que o modelo funciona. Mas tem coisas que são mais fáceis de resolver pessoalmente e é bom ter algum contato com outras pessoas e não ficar tão isolada. Podemos resolver por e-mail ou através do computador, não tem a necessidade de estar presencialmente todos os dias, pelo menos no meu caso, que é um trabalho mais administrativo. Se fosse um serviço mais operacional, entendo que não seria possível”.
Tendência acelerada pela pandemia
Na opinião da advogada Eliana Saad Castello Branco, a transformação digital nas relações de trabalho veio para mudar paradigmas. “O que funcionou nos últimos 50 anos, não irá funcionar pelos próximos dez anos. Com este novo panorama socioeconômico, não são apenas produtos e serviços que se modificam, inclusive indústrias inteiras estão sendo desafiadas por novos modelos de negócios”, alertou a especialista.
Segundo estudo da Cushmam&Wakefield Consultoria Imobiliária, 40,2% das empresas que não adotavam o home office antes da pandemia e que o fizeram para cumprir a determinação de isolamento social, vão adotá-lo de forma definitiva quando esse período passar. O mesmo estudo apontou que 45% das empresas entrevistadas reduzirão o espaço físico pós-crise e 30% delas o farão pelo sucesso do teletrabalho empregado. Os 15% restantes se darão devido aos efeitos econômicos da pandemia.
Mesmo empresas que já tinham a tecnologia em seu modelo de negócio pretendem avançar mais ainda para novas relações de trabalho. É o caso da empresa de Gestão de Laticínios Lacteus, do interior de Minas Gerais. O CEO da empresa, Leonardo Inácio, afirma que no princípio o home office causou estranheza pela falta de contato físico com os colegas do trabalho. “Mas, em termos práticos, pela nossa atividade tecnológica, o impacto foi zero. Usamos ferramentas que já estávamos acostumados, com reuniões e atendimentos remotos, já que essa é a nossa realidade, atendemos clientes do país inteiro.”
Ele ressaltou que o trabalho em casa foi positivo. “O isolamento causou até um aumento de performance, como diminui esse momento de estar com o colega [presencialmente], a pessoa concentrou mais e produziu mais. Nessa quarentena tivemos uma produção e desenvolvimento de projetos muito acima da média”, disse.
A experiência acelerou a ideia do empresário de ter mais colaboradores de forma remota. “Vamos continuar com o modo híbrido, uma parte da equipe, que tem algumas restrições médicas e por conta de seus familiares, vão continuar trabalhando de casa e outra parte da equipe está dentro da empresa tomando todos os cuidados.”
Encontros fundamentais
A especialista em neurociência aplicada à arquitetura da qualidade corporativa, Priscilla Bencke, afirma que as empresas devem seguir este modelo híbrido, mas os encontros presenciais ainda são fundamentais. “Nesse modelo híbrido, os profissionais que podem desempenhar suas funções em casa eventualmente vão ao escritório para outras atividades como os encontros. É extremamente importante que existam esses encontros físicos em alguns momentos, já que o ser humano é um ser social, a gente precisa estar em contato com outras pessoas”, ressaltou.
Na opinião da arquiteta, uma das consequências negativas com esse isolamento é justamente essa falta das conversas entre as pessoas. “Mesmo através de reuniões online, as conversas informais a gente tem dificuldade de ter, então é importante para o próprio desenvolvimento do ser humano essa socialização”, acrescentou.
A analista de desenvolvimento de produto Mayara Ruda Silveira citou a falta de interação como uma das desvantagens do home office. “Para mim, as desvantagens são não ter contato com outras pessoas, não conversar, não trocar experiências, às vezes trabalhar mais no home office do que na empresa e ficar com receio de sair na rua”.
Vantagens x desvantagens
Se a desvantagem é a falta de interação, as vantagens levam as profissionais entrevistadas pela Agência Brasil a optar pelo home office. “Se houver necessidade de ir até o local de trabalho eventualmente não vejo problemas, mas se realmente não há necessidade o remoto é melhor”, diz a consultora Iana de Oliveira Leite. “Para nós que moramos em São Paulo, o tempo de deslocamento normalmente é longo. No home office a vantagem é não ter isso e a desvantagem é não ter o contato mais próximo com os amigos do trabalho.”.
Outro ponto apontado é a produtividade. “Foi um momento de adaptação, muitas incertezas e pessoas que ficaram doentes, esses fatores prejudicam as atividades. Sem esses fatores, sim, o trabalho digital produz mais resultados. Consigo otimizar mais o meu tempo, ser mais produtiva e trabalhar sem o stress e gastos com deslocamento. E com os amigos do trabalho fazemos happy hour virtual”.
Bem-estar
Trabalhar de casa exige um local ergonomicamente adequado segundo a arquiteta Priscilla Bencke. “Muitas pessoas, do dia para a noite, tiveram que trabalhar em casa, então a improvisação esteve muito presente. É muito importante que esses espaços de trabalho sejam adequados para que a pessoa possa estar bem e produzir de forma saudável.”.
É necessário escolher bem o local de trabalho. “O ideal é que esse ambiente seja exclusivo para a atividade. Quando isso não é possível, o bom é escolher locaisem onde tenha possibilidade de evitar as demais distrações domésticas.”
Para a especialista é essencial que a superfície de trabalho tenha iluminação apropriada. “A luz natural é importante, então o acesso a uma janela é o ideal para manter o nosso relógio biológico, assim como a renovação do ar e uma climatização adequada.”
A escolha da cadeira e mesa é outro ponto imprescindível. “Na estação de trabalho em casa é preciso levar em consideração como é a cadeira e a mesa, existem cadeiras ergonômicas que é justamente para termos uma postura adequada”, orientou a especialista.
Adaptação
Segundo a advogada Eliana Saad, o empregador deve ser o responsável por esta adaptação do escritório em casa. “O empresário fica responsável pelo ambiente do trabalho, inclusive no trabalho remoto. Os equipamentos e a ergonomia são importantes para prevenir doenças ocupacionais que possam ser adquiridas, por exemplo Ler/Dort, com adequação das normas regulamentadoras”.
De volta à firma
Enquanto não há vacina, as firmas vão seguindo com o modelo híbrido e bater ponto diariamente ainda deve demorar para voltar a ser rotina dos trabalhadores nos escritórios. No entanto, os hábitos de higiene, segurança e relações devem ser adaptadas ao “novo normal”, como é chamado o mundo pós-pandemia. Na opinião da arquiteta Priscilla Bencke, a preocupação com a saúde e a segurança das pessoas vai continuar.
“Essa é uma preocupação que sempre deveria ter existido, mas com a experiência da covid-19 passamos a dar mais valor para isso. Novos escritórios adotam o sistema híbrido, então é provável que as mesas sejam mesas rotativas, para intercalar estações de trabalho com os colegas.”
A especialista destacou ainda a preocupação com a higiene. “Isso influencia no tipo de material que a gente está incluindo nesses espaços. sofás, tampos de mesa e outros elementos do escritório devem ser pensados em tecidos e materiais que tenham uma limpeza fácil.”
Para a advogada especialista em direito coletivo do trabalho Eliana Saad, além das adequações físicas e digitais, os líderes devem ficar atentos aos novos modelos de relação de trabalho. “O século XXI traz nova dinâmica social entre empresa e trabalhador; cabe aos líderes se atentarem ao cenário digital para que possam inovar e ter alta performance para equipe e desenvolver a liderança disruptiva.”