Victória Navarro
Para Alex Pinhol, fundador da Webfoco, o objetivo de impactar os consumidores torna a customização inerente aos planos de mídia bem estruturados
Identificar os interesses e as características dos clientes e escolher as melhores mídias para estabelecer contato com consumidores são alguns dos passos para personalizar a comunicação no ambiente online. Com exclusividade ao ProXXIma, Alex Pinhol, fundador da agência de marketing digital Webfoco, aborda o papel de customização na criação de campanhas e os desafios em atingir a mais nova geração hiperconectada. “Não ter segmentação no marketing digital é como sair de olhos vendados, tentando cruzar uma cidade que você nem conhece”, diz.
Segmentação no marketing digital
A segmentação é extremamente importante para o marketing digital. Não ter segmentação no marketing digital é como sair de olhos vendados, tentando cruzar uma cidade que você nem conhece. A segmentação é um dos pontos mais importantes para uma campanha dar certo, pois você saberá quem vai buscar e por onde. Por exemplo, para vender qualquer produto, é preciso seguir alguns passos. Primeiro, é preciso descobrir quem são os clientes. Segundo, com base em todas informações sobre o público desejado, pode-se personalizar a comunicação dos anúncios, landing page, site ou e-commerce. É importante que todos os pontos de contato sejam o mesmo e para o mesmo público. Terceiro, escolher as mídias que serão utilizadas para impactar o público. Para isso, pode-se trabalhar as ferramentas tradicionais, como Google, Facebook e Instagram, para personalizar o público e impactá-los. Também existem outras mídias mais avançadas, como Criteo, Afilio, Voxus, Cartstack, Proxy Media e DoubleClick, cada uma com uma função para impactar o segmento de pessoas que se quer, seja por interesse que os usuários mostraram na internet e as ferramentas capturaram, seja por uma busca direta pelo produto e assim por diante.
Inovação no marketing digital
Em 2020, mais de 40% dos brasileiros afirmaram ter aumentado as compras no digital, porque muitas empresas se atualizaram. A presença no digital foi causada por um efeito manada de milhares de lojas físicas, que estavam fechando devido a pandemia. Além dessa inovação, há as redes sociais. Um exemplo disso é a rede social ClubHouse, que está explodindo. Isso mostra o poder da voz, das buscas por voz, Google Home, casas conectadas e assim por diante. Nos próximos anos, ainda veremos uma explosão de novidades e inovações. E, as marcas ficaram de olho nisso.
Os millennials no centro da estratégia
Construir estratégias digitais para o público hiperconectado é um grande desafio, principalmente, porque todos já conhecem o digital e sabem que seus dados são analisados por grandes empresas digitais. Aquele impactado que, há alguns anos, as pessoas tinham, quando se deparavam com um remarketing, não existe mais. As pessoas querem ser impactadas, querem ser surpreendidas, com estratégias que elas possam interagir, sair do comum. E, por isso, quando vemos programas de TV, utilizando TikTok para votação, interações com Instagram e comerciais com QR Code, começamos a ter algo diferente. Para termos ideia, já existem tecnologias que mudam a homepage inteira de um site, conforme o seu perfil de compra, interesse e até hobbies. O pretinho básico nunca sai de moda, por isso as mídias básicas também não. Porém, se quer sair da caixa, comece a considerar as mídias que é possível interagir com seu público e trabalhe o omnichannel, caso tenha loja física e e-commerce.
O futuro da customização
Já estamos em um nível que segmentamos além do básico. Há alguns anos, nem imaginamos ter acesso a dados financeiros, formação, se as pessoas que acabaram de ter filhos, se estão noivos, se gostam de chocolate e etc. Já existe inteligência artificial, que gera mais vendas online do que estratégias manuais. Bilhões de dados são transacionados, estudados e armazenados por grandes empresas de tecnologia, todos os dias. Por isso, o futuro será da segmentação, cada vez mais, cirúrgica e tecnologias impensáveis hoje, como a do Elon Musk que fez com que macacos jogassem videogame com o pensamento, ganhando publicidades.
Fonte: Proxxima / Meio & Mensagem / Foto: Divulgação